Abre os olhos, lê bem o rótulo!

Hoje em dia a moda é ser “fit”. Há muitos alimentos apresentados como “light” ou a “melhor escolha”, mas será que é mesmo? É importante que o consumidor saiba o que está a comer!

Na escolha dos produtos alimentar há muitas informações nos rótulos às quais devemos dar atenção: a data de validade, a lista de ingredientes, a instruções de utilização ou a declaração nutricional são as informações mais importantes e que podem fazer a diferença entre uma boa e uma má escolha alimentar. Por isso mesmo, os jovens consumidores devem saber interpretar os rótulos alimentares.

Açúcar, gordura e sal na medida certa:

O excesso de sal, açúcar e gordura nos alimentos pode trazer graves consequências para a saúde dos consumidores e é uma preocupação porque “40% dos consumidores não compreendem os rótulos” (DGS). Assim, como é que podem evitar ou moderar o consumo destes alimentos?

Grande parte dos jovens não sabe, por exemplo, que o limite de açúcar (DDR – Dose Diária Recomendada) a consumir por dia são aproximadamente sete pacotes. Ora, uma lata de cola e uma gelatina têm mais de 6 pacotes de açúcar, e numa refeição com estes dois alimentos atingimos logo a DDR e ainda faltam as outras refeições!

O termos “light” ou “sem açúcar” também nem sempre são esclarecedores! Por exemplo, um produto com a alegação “sem açúcar” não contém mais do que 0,5 gramas de açúcar por cada 100 gramas ou por cada 100 mililitros, ainda assim, contém uma pequena porção deste nutriente.

No caso de ser um produto “light”, quer dizer que tem uma redução de, no mínimo, 30% de determinado nutriente face ao produto tradicional (menos açúcar, menos gordura, etc.). Mas nem todos os produtos light valem a pena! É o caso das batatas fritas: apesar da redução do teor de gordura, não se obtém uma diminuição calórica significativa, por se tratar de um produto altamente gordo.

O sal é outro aspeto com que devemos ter muito cuidado! A Organização Mundial de Saúde aconselha um consumo de sal inferior a 5 g por dia, no entanto, em Portugal, o consumo chega a atingir entre 10 e 11 g por dia. Pela nossa saúde, temos de moderar o consumo de alimentos com alto teor de sal e, para isso, temos de olhar sempre para o rótulo.

O Nutri-score veio ajudar:

Como nem sempre é fácil interpertar o rótulo, é importante os códigos ou sinaléticas que ajudam o consumidor a fazer uma escolha mais rápida e uma melhor avaliação do alimento, é o exemplo do Nutri-score. Através de um código de cores e de letras, o Nutri-score dá uma nota global a cada alimento. Em Portugal, já encontra produtos com esta sinalética.

Algumas embalagens alimentares já têm um logótipo retangular dividido em cinco cores (verde, verde-claro, amarelo, laranja e vermelho), ligadas, por sua vez, às letras A a E. Com esta escala, pretende-se mostrar a qualidade nutricional dos alimentos e, ao mesmo tempo, apostar numa interpretação fácil e rápida. Um A sobre verde ou um E em cima de vermelho possui, na zona que os medeia, uma escala progressiva que distingue um alimento nutricionalmente mais interessante de outro no polo oposto.

 

Abre os olhos, lê bem o rótulo!

É importante que os jovens tenham mais atenção aos rótulos alimentares e assim possam fazer escolhas mais saudáveis. Por isso a DECOJovem quer ajudar os jovens a ler e interpretar os rótulos nutricionais e a fazer uma verdadeira caça ao excesso de açúcar, gordura e sal nos alimentos, dando-lhes ferramentas para que façam melhores escolhas alimentares.